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Estudando idiomas para a diplomacia
- 29/08/2014
- postado por Igor Barca
- Categoria: Dicas de estudo Material gratuito
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[texto completo]
Olá, olá! Como estão? Hoje gostaria de falar um pouco sobre o estudo para o concurso da diplomacia. Esse caminho não é nada fácil, todos nós sabemos. O concurso está se tornando cada vez mais difícil e uma excelente preparação é essencial. Há muitas disciplinas para estudar, muito conteúdo em cada uma delas e ainda precisamos dominar bem a expressão escrita em ao menos quatro idiomas.
O português tem uma fase só dele, além de estar presente na primeira fase, em meio às questões objetivas de economia, direito, história, geografia, política internacional e um outro idioma: o inglês. Para quem não está habituado ao concurso, essas são só as duas primeiras fases. Primeiro, os candidatos fazem uma prova objetiva, contendo assuntos de todas as disciplinas que já citei e, se aprovados, devem fazer a prova dissertativa de português, a segunda fase do concurso.
A terceira fase é destinada às provas dissertativas das mesmas disciplinas anteriores, excetuando-se, claro, a de língua portuguesa, que já teve o seu lugar na segunda fase. Com relação a idiomas, este é o momento de mostrar os seus ricos conhecimentos da língua inglesa. A prova dissertativa de inglês exige muito dos candidatos: eles devem traduzir dois textos (fazendo uma tradução – do inglês para o português; e uma versão, que é o movimento contrário – do português para o inglês); também devem resumir um longo texto e, finalmente, escrever uma redação.
Os textos são retirados de quotidianos americanos ou ingleses e de discursos oficiais, geralmente de presidentes ou de ministros de relações exteriores. É preciso ter um bom vocabulário, conhecer muito bem as regras de gramática e ter uma noção do que seja argumentação e um texto bem estruturado. O conhecimento do idioma não é suficiente, é importante que o candidato saiba escrever bem. E o que é escrever bem? Essa é uma boa pergunta que não teremos tempo de responder hoje (e provavelmente nunca consigamos responder).
Porém, para não deixar vocês na mão, posso falar um pouco sobre as qualidades de um bom escritor. Ótimos escritores são ótimos leitores. Não estou dizendo que basta ler bastante para saber escrever. Isso não é verdade. Só escreve bem quem escreve muito. Quando utilizo a palavra leitura, estou usando-a no sentido de fazer atenção à linguagem, à escolha de palavras, ao tom e ao que achamos pertinente nos textos que lemos e ouvimos. Essa atenção aos elementos linguísticos é o que nos fará bons escritores. É claro que há muitos outros aspectos envolvidos no desenvolvimento desta habilidade, mas observar o efeito das palavras já é um enorme primeiro passo.
Dizem que um texto tem essencialmente três vidas: a primeira leitura, a reflexão que se faz sobre ele e uma segunda leitura mais atenta. Mas, no caso do concurso, temos que fazer com que a primeira leitura realmente conte e que possamos alcançar uma ótima pontuação impressionando a banca. Para isso, precisamos nos destacar em termos de vocabulário e de expressões. Lembrem que o que está sendo avaliado aqui é, principalmente, o domínio do idioma.
Não adianta nada construir um texto bem estruturado e argumentado e falhar em vários aspectos linguísticos. Perderemos muitos pontos e não obteremos a aprovação. O inverso também é verdadeiro, um texto sem erro algum e mal construído também nos deixará perdidos. Arriscando um palpite, diria que o aluno deve focar 60% no idioma (vocabulário, gramática e expressões) e 40% na estrutura/argumentação.
Bem, acho que preciso me explicar melhor. Como assim? Vamos definir alguns termos. Chamo de vocabulário, a quantidade e qualidade de palavras que conhecemos. Precisamos conhecer muitas palavras, mas elas também precisam estar adequadas ao nível de escrita. Ao traduzir um discurso, por exemplo, devemos estar atentos à oralidade e evitar o uso de palavras muito complexas, que dificilmente seriam pronunciadas naquela situação. A gramática se refere às regras do idioma, ao uso dos tempos verbais, da concordância, dos pronomes, etc. Acredito que não preciso explicar muito, é um ponto bem claro. E o que chamo de expressões são construções úteis que devemos memorizar para utilizar em nossas redações. “In the light of”, “According to”, “Those who object to”… das mais simples às mais complexas, elas devem estar em uma lista de fácil acesso.
As mesmas dicas servem para o francês. Apesar dessa disciplina estar apenas na quarta fase (ou, no atípico concurso deste ano, na terceira), não devemos negligenciá-la de forma alguma. Ela tem sido cada vez mais um diferencial entre o sucesso e o fracasso no concurso. Este ano a prova foi objetiva e não sabemos como será a prova do próximo ano. Tudo indica que ela voltará a ser dissertativa, mas não está nada garantido. Em provas objetivas, precisamos dar uma importância ainda maior ao vocabulário e à gramática, pois, geralmente, as questões de interpretação de texto aparecem em menor número.
Com relação à produção escrita em língua francesa, nos serão exigidas apenas cinco linhas por questão. A prova geralmente contém dez questões. Poderíamos somar tudo e dizer que também devemos escrever uma redação em francês, o que não é verdade. Porém, essas cinco linhas devem conter uma estrutura que nos permita justificar nossa resposta em poucas palavras. Talvez, pela concisão, seja uma tarefa mais difícil do que a redação em inglês. Para entender um pouco mais sobre isso, peço que leiam o artigo que escrevi intitulado Organizando as ideias.
Então, é isso! Espero ter deixado dicas úteis para vocês! Abraços e bons estudos!